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Importância do concreto em obras saneamento é mote de painel no último dia do evento

Com o foco em lançar ideias sobre a necessidade de normas específicas para a aplicação do concreto no saneamento, os especialistas mostraram as maneiras mais comuns de uso desse material nas construções e possíveis soluções para que as obras sejam mais duráveis e, principalmente, mais eficientes.

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Como a durabilidade das estruturas de concreto no saneamento pode unir resistência e mitigar impactos negativos em sua aplicabilidade nos mais diversos terrenos no Brasil e, ao mesmo tempo, cumprir a sua função em levar esse recurso tão importante, a água, a um número cada vez maior de pessoas? Essas e outras implicações foram discutidas no painel intitulado “A importância do concreto nas obras de saneamento”, no último dia do 33º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2022, o maior evento do saneamento ambiental da América Latina, nesta quinta-feira, 15 de setembro. Promovida pela Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp, esta edição aconteceu de forma presencial, no Expo Center Norte/SP, e online.

Coordenado por João Augusto Poeta, diretor Administrativo da AESabesp, e em formato de bate-papo, participaram da conversa Paulo Roberto do Lago Helene, diretor presidente do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto), diretor da PhD Engenharia e professor titular na Universidade de São Paulo; e Vinicius Silva Caruso, coordenador do CT901 (IBRACON de Aplicações do Concreto para Obras de Saneamento Básico), e assessor de Recursos Hídricos e Saneamento na Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo.

Vinicius Caruso fez uma breve apresentação, destacando o trabalho do CT901 e relembrando aos presentes que o concreto é um dos materiais mais usados na construção, só perdendo mesmo para a água. “Se pensarmos em universalizar o acesso ao saneamento no Brasil, conforme previsto em seu Novo Marco Legal e, na outra ponta, temos um cenário de 100 milhões de brasileiros sem coleta de esgoto. Como podemos realmente universalizar esse acesso? Quanto de concreto será usado? Quanto de aço? Que fôrmas serão usadas, qual escoramento? Serão em terrenos planos, inclinados? Para além do projeto hidráulico, há muitas perguntas a serem feitas e ações que precisam ser levadas em conta”, disse.

Paulo Helene, por sua vez, fez um vasto panorama sobre o tema, falando que o chamado “envelhecimento” de obras de saneamento é algo previsto e esperado. O problema é quando se deterioram em um espaço muito curto de tempo. “Me surpreende que muitos problemas básicos não estão na pauta no plano de engenharia e de manutenção dentro dessas obras. Três, em especial: o aço, o concreto e a estrutura em si”, destacou o professor.

Ele frisou o fenômeno da lixiviação, o que compromete a vida útil de uma Estação de Tratamento de Água. Sua durabilidade pode chegar em média a 30 anos. “O concreto tem muita cal e contato do material com uma água mais ácida, a da chuva, por exemplo, resulta na remoção do hidróxido de cálcio. Esteticamente falando, essa substância em contato com o CO2 provoca um aspecto esbranquiçado, porém em um estágio mais avançado, quando o CO2 consegue atravessar o concreto, pode causar corrosões. Em ETAs é um fenômeno muito comum e é isso deve ser levado em conta desde a concepção do projeto”, explicou Helene, complementando que o mercado conta com recursos para evitar tais transtornos, como os cuidados básicos do concreto até aditivos para combater agentes corrosivos.

“Acreditem, senhores, o concreto é impermeável. Porém, o que não conseguimos é fazer uma estrutura estanque! O concreto tem a capacidade de reter a água, mas a água tem a capacidade de passar por todos os defeitos presentes na execução do projeto e na sua estrutura. Nós sabemos da possibilidade de fazer estruturas duráveis e estanques, mas por que não fazemos do jeito certo?”, provocou Helene em sua apresentação.

Sugestões aos projetistas e aos construtores, o que abrange desde a importância da elaboração de uma Norma Recomendada até em pensar nos sistemas de saneamento não apenas após na obra pronta, mas desde a sua elaboração são algumas das soluções não apenas para um produto final durável, mas extremamente útil. “As normas atuais não englobam completamente o setor de saneamento, muitas abrangem a construção civil. E são universos com suas particularidades. Vale ressaltar que não precisa esperar encher o reservatório para saber onde irá vazar. Ele já dará sinais que algo está dando errado pelo simples vazamento em alguma fissura, ou mesmo molhando as paredes de uma estação de tratamento”, alertou o especialista.

Após as palestras, os presentes puderam fazer perguntas e o painel também foi palco da parceria firmada entre a AESabesp e o IBRACON, na promoção de cursos do Instituto aos membros da Associação.

33º Encontro Técnico/Fenasan 2022

Com o tema “Saneamento: prioridade para a vida”, o evento promovido pela Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp, teve 12 mesas redondas e 8 painéis de discussão, com participação de grandes especialistas do setor. Nos três dias do evento (13, 14 e 15 de setembro), mais de 100 especialistas apresentaram cases, trabalhos técnicos e novidades para o setor.  Saiba mais: clique aqui.

35º Encontro Técnico AESabesp / Fenasan 2024

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