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33º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2022: painel discute contaminantes na água bruta e as consequências na saúde ambiental

Variedade de contaminantes presentes no meio ambiente e nas águas causam grave poluição, nem sempre visível. Assunto foi aprofundado pelas pesquisadoras Maria Inês Zanoli Sato, da Cetesb, e Monica Lopes Ferreira, do Instituto Butantan.

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O último dia do 33º Encontro Técnico AESabesp e Fenasan 2022, o maior evento do saneamento ambiental da América Latina, trouxe o painel “Contaminantes na água bruta e consequências na saúde ambiental: a necessária discussão e ampliação do aprendizado em todos os setores”. O tema foi aprofundado por Maria Inês Zanoli Sato, gerente do Departamento de Análises Ambientais da Cetesb, e Monica Lopes Ferreira, pesquisadora do Centro de Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular (CeTICS) do Instituto Butantan.

O painel foi coordenado por Eliana Kitahara, membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES e do Conselho Deliberativo da Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp – APU.

Monica abriu o debate apresentando um contraponto entre os rios dos tempos em que era criança, e decidiu ser bióloga, e como estão atualmente. “Hoje, estão poluídos, repletos de contaminantes, entre eles os agrotóxicos. Eles [os agrotóxicos] nascem no século XX para combater pragas, aumentar produtividade das lavouras e combater a fome. Isso aconteceu? Temos a fome só aumentando. No Brasil, são 30 milhões passando fome e 125 milhões em insegurança alimentar. Aquela promessa não aconteceu, mas temos contaminação da água. Evidente que estaria na água. Dizem que estão abaixo dos índices permitidos e o Brasil permite um índice maior por habitante. Muitas cidades não mandam informações, o que complica. Temos o direito de saber. Se eu pegar uma amostra, temos uma mistura de mais de 20, 30, 50 tipos de agrotóxicos. Mesmo abaixo dos índices, eu tomaria essa água? Fica a questão”, provocou a pesquisadora.

“O homem é um ser com cérebro. Destruímos o ambiente e cabe a nós buscarmos soluções. Cada um com sua experiência, mas com o mesmo objetivo, buscar soluções. Os agrotóxicos vêm sendo usados em todas as culturas, de pequenas a grandes, e de todas as classes. O resultado é dano na saúde humana, estamos doentes. E não só o homem do campo, porque estamos consumindo essa água, o ar, os alimentos. Isso tudo está comprovado cientificamente em artigos. A água é vital para nossa vida, e é um desafio porque temos muitos contaminantes. É fundamental que ela seja uma preocupação para nós”, alertou a palestrante.

Como solução, Monica sugere o princípio da precaução. “Ter cuidado e estar ciente, formar uma associação respeitosa e funcional do homem com a natureza, ter ações antecipatórias para proteger a saúde das pessoas e dos ecossistemas. A precaução é um dos princípios que guia a atividade humana e incorpora parte de outros conceitos como justiça, equidade, respeito, senso comum e prevenção. Lembrando que saúde é um direito previsto na Constituição. E é disso que falamos quando buscamos água livre de agrotóxicos”, afirmou.

Maria Inês, por sua vez, trouxe um enfoque na área de patógenos em águas superficiais e esgoto. Segundo ela, dentro da saúde, os assuntos estão integrados: o que ocorre com o homem, com os animais e com o ambiente. “Dados globais de 2016 mostram que quase 2 milhões de mortes poderiam ser evitadas com serviços adequados de água, saneamento e higiene. Quase 830 mil mortes são por doenças diarreicas. Precisamos quadruplicar a gestão de água, saneamento e higiene”, apontou a especialista da Cetesb.

No Brasil, as regiões Sul e Sudeste têm índices maiores de coleta e tratamento de esgoto que outras regiões. “Temos que nos preocupar com esses números. Quando falamos de patógenos, estamos falando disso e do risco do uso dessa água. Na bacia do Alto Tietê, em São Paulo, por exemplo, o índice de tratamento está em torno de 50%. É muito baixo, precisamos avançar muito”, atentou.

A pesquisadora apresentou os parâmetros estabelecidos pelas regulamentações, que deixam muitos índices importantes fora de análise e alertou que mananciais com carga de esgoto elevada trazem graves riscos à saúde. “A taxa de incidência de internações por doenças associadas à falta de saneamento em 2019, no Brasil, era de 6,99%, por 10 mil habitantes, na região Sudeste. Na região Norte, o número salta para 22,98%. É muito grave”, lamentou.

Desde 2014, um Comitê de Gestão Integrada da Qualidade da Água avalia mananciais e propõe soluções para reduzir os problemas. Entre as sugestões a serem seguidas está o Plano de Segurança da Água, que indica o conhecimento do manancial, a determinação da qualidade da água captada, controle do tratamento e proteção do sistema de distribuição, para que o consumo da água seja seguro.

33º Encontro Técnico/Fenasan 2022

Com o tema “Saneamento: prioridade para a vida”, o evento promovido pela Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp, teve 12 mesas redondas e 8 painéis de discussão, com participação de grandes especialistas do setor. Nos três dias do evento (13, 14 e 15 de setembro), mais de 100 especialistas apresentaram cases, trabalhos técnicos e novidades para o setor.  Saiba mais: clique aqui.

35º Encontro Técnico AESabesp / Fenasan 2024

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