Os avanços na gestão de ativos foram debatidos em uma mesa redonda no primeiro dia do 34º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2023, nesta terça-feira, 3 de outubro. O maior evento de saneamento e meio ambiente da América Latina é uma realização da Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp e acontece até esta quinta (5).
A mesa foi coordenada por Paulo Levy e Nilzo Rene Fumes, ambos membros do Conselho Deliberativo da AESabesp, e teve moderação de Ivana Wuo Pereira Vidal, superintendente de Tratamento de Esgotos da Sabesp. Participaram ainda Marco Antonio Lopez Barros, superintendente de Operação e Manutenção da região Oeste da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o consultor João Ricardo Barusso Lafraia, professor em cursos de MBA gestão de ativos e atuante na ABRAMAN-Associação Brasileira de Manutenção, além de Leandro da Rosa Alves, gerente de Engenharia de Manutenção da Transpetro, que atua na operação de petróleo e gás.
Marco Antonio apontou a importância da gestão de ativos para a governança, já que a Sabesp é a empresa que mais investe em saneamento no país. A companhia tem R$ 57,2 bilhões em ativos e atua em todos os ciclos de saneamento. Segundo ele, os ativos geram valor para a organização. “Ela alinha processos e tomadas de decisão e o trabalho visa uma mudança cultural na empresa. É a gestão de ativos para inovar e antecipar os desafios, uma oportunidade de quebrar muros organizacionais, com a integração das equipes, para fazer uma gestão integrada de ativos”, avaliou.
Já João Ricardo Lafraia afirmou que a gestão de ativos é fundamental para o conceito de Environmental, Social and Governance (ESG). “Caminhar mais para esse sentido é importante para qualquer empresa, a importância de cuidar de todos os ativos. O dilema da manutenção é um exemplo. Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe. Quando tudo vai mal, dizem que não existe. Quando é para gastar, acha-se que não é preciso que exista. Porém, quando realmente não existe, todos concordam que deveriam existir. Com isso, demonstramos como é importante uma gestão de ativos transparente e eficiente”, explicou.
Leandro Alves falou sobre o case de uma gestão de ativos na prática. Segundo ele, a empresa Transpetro, de transporte e logística de petróleo, subsidiária da Petrobras, é desafiante, tendo em vista sua escala mundial, com mais de 170 clientes para atender e uma frota de mais de 25 navios. Ele explicou o conceito de Manutenção 4.0. “Buscamos as demandas, organizamos e priorizamos tudo isso no dia a dia da manutenção, dessa forma há uma gestão de ativos eficiente, reforçando a importância das informações para isso”, detalhou.
Por fim, Ivana, a moderadora, destacou que a mesa foi muito bem escolhida pela AESabesp, porque o futuro das empresas de saneamento passa muito pela gestão de ativos. Ela citou a apresentação de Marco Antonio. “Foi possível conhecer mais sobre a Sabesp, iniciando um trabalho pioneiro a partir de uma unidade e que agora busca expandir isso para uma empresa como um todo. Já na participação de João Ricardo Lafraia, vimos que ele é uma referência na gestão de ativos no Brasil, e traz motivação para entender que ela é uma questão para melhoria do planeta como um todo”, analisou.
Concluindo, Ivana citou a participação de Leandro Alves. “Com ele, foi possível acompanhar uma experiência prática, já que ele conseguiu avançar na gestão de ativos na Transpetro, e apontou que se houver vontade, existem pessoas com capacidade para ensinar a fazer, sendo isso possível: colocar gestão de ativos nas empresas de saneamento”, finalizou.
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