Painel abordará as relações entre os humanos e os cursos d’água e a universalização do saneamento

Coordenado pelas integrantes da AESabesp Márcia Nunes e Vanessa Hasson, o debate terá presenças de Sandro Nicodemo, tecnólogo Ambiental e especialista em Linguagens da Arte e Gestão Empresarial Estratégica, e Guilherme Paixão, superintendente da Sabesp. Discussão será em 13 de setembro (terça-feira), das 16h às 17h, na sala Cantareira 3.

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“Direitos dos Rios. Considerações sobre as relações entre os seres humanos e os cursos d´água e suas interfaces para a universalização do saneamento”. Este será  tema de um dos painéis do 33° Encontro Técnico da AESabesp/Fenasan 2022. O maior evento de saneamento e meio ambiente da América Latina, uma realização da Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp, será realizado no Pavilhão Branco do Expo Center Norte/SP, de 13 a 15 de setembro.

O painel é coordenado pela engenheira Márcia Nunes, membro do Conselho Fiscal da AESabesp, e pela advogada Vanessa Hasson, assessora jurídica da AESabesp. O debate acontecerá no primeiro dia do evento (terça-feira), das 16h às 17h, na sala Cantareira 3, com participação de Sandro Nicodemo, tecnólogo Ambiental e especialista em Linguagens da Arte e Gestão Empresarial Estratégica, e Guilherme Paixão, superintendente de Gestão Projetos Especiais da Sabesp.

As inscrições para o congresso estão abertas aqui.

Vanessa Hasson é fundadora da empresa Mapas – Métodos de Apoio à Práticas Ambientais e Sociais para o Movimento Direitos da Natureza no Brasil, parceira da AESabesp nos projetos de educação ecológica. Segundo ela, uma das motivações para promover esse debate é o acompanhamento do projeto de despoluição do rio Pinheiros. “Visualizamos que há uma interface muito grande com as comunidades”, frisa. “Os direitos da natureza são diferenciados do direito ambiental porque traz o aspecto das comunidades humanas com outros seres que integram a natureza numa base para a preservação dessas relações com harmonia. Promover o saneamento é uma atividade essencial para a preservação e harmonia na natureza e do ser humano”, reflete a advogada.

Vanessa lembra que o primeiro debate promovido pela AESabesp sobre o tema ocorreu em 2018. Na época, conta ela, foi realizada uma rodada de debates com participação de Maria Mercedes Sanchez, coordenadora do programa Harmonia com a Natureza, que promove direitos da natureza no mundo e é realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os direitos da natureza são diferenciados do direito ambiental porque traz o aspecto das comunidades humanas com outros seres que integram a natureza numa base para a preservação dessas relações com harmonia”, explica. “Promover o saneamento é uma atividade essencial para que isso ocorra”, completa, ressaltando que a “AESabesp continua com os debates e profissionais capacitados.

Para a especialista, “o maior desafio hoje é o racismo ambiental, a igualdade das relações não está sendo priorizada entre seres humanos e os seres da natureza. Os seres humanos com menos acesso ao bem de consumo é marginalizado e a água não chega até eles”.  Ainda na visão de Vanessa, o maior desafio do tema “é a universalização do saneamento que poderá resgatar a harmonia com a realização de projetos que promovam a igualdade social e os direitos dos demais seres da natureza”, aponta ela como possível solução.

Vanessa Hasson afirma também: “O 33° Encontro Técnico é um marco e uma alegria imensa que demonstra superação dos desafios que passamos nessa época de pandemia e o fortalecimento das relações dentro da AESabesp e com os parceiros. O evento está lotado, o espaço da área que ocorrerá a Fenasan está completo e isso é motivo de muita alegria. É a demonstração dessa força e solidez da AESabesp e ao mesmo tempo do resgate do encontro presencial, dos abraços e das conexões”, conclui a coordenadora.

Márcia Nunes reforça que “o painel chama para a reflexão sobre o relacionamento entre a cidade e os cursos d’água, sob a ótica de considerarmos os rios como Sujeitos de Direito, isso é, respeitarmos a existência dos rios e buscarmos a convivência colaborativa dada a interrelação entre o bem viver – humano com o bem existir do rio”, diz. “Em toda a trajetória da humanidade, as ocupações sempre se deram em torno de cursos d’água, que eram respeitados pois havia o entendimento de sua importância para a manutenção da vida”.

A engenheira explica que “com o crescimento das cidades e, via de regra, a canalização e acobertamento dos cursos d’água, houve um distanciamento dessa relação e, muito se perdeu do valor de se respeitarem os rios. Quer seja pela impressão de que a água sai da torneira e a empresa de saneamento é a responsável por seu fornecimento, quer seja pelo serviço de saneamento que se encarrega de afastar os esgotos de onde é gerado, a população das cidades perdeu parte do vínculo com a natureza da água”.

 “Quando se objetiva a universalização”, continua Márcia, “precisamos pensar no abastecimento com água de qualidade e continuidade de fornecimento e coleta de esgotos em todas as áreas da cidade, com seu devido afastamento e tratamento, retornando a preciosa água para os corpos d’água na melhor condição possível”.

Neste contexto, reitera a coordenadora, “o painel convida os profissionais do saneamento para essa reflexão, que deve ser uma constante, pensando nesse processo de integração com a natureza, em toda sua abrangência, objetivando a disponibilização de um ambiente saudável em toda a cadeia do saneamento, dentro e fora das cidades”.

A engenheira também comenta sobre a volta do evento presencial. “Essa edição do 33° Encontro Técnico AESabesp/Fenasan está revestido de um caráter histórico, pois vem associada, além da retomada ao modelo presencial, a conscientização para a importância do ambiente saudável como instrumento de política de saúde pública para o bem comum de toda sociedade, a conscientização da população para a saúde pública como instrumento de segurança institucional e ao momento posterior a novas diretrizes de regulação que tem um marco temporal para cumprimento da Universalização do saneamento”. “Para os profissionais e empresas ligadas ao saneamento, será um encontro para a promoção de parcerias, compartilhamento de novas técnicas, metodologias, novos materiais, antigas técnicas – para que o atendimento seja mais abrangente – certamente as pequenas comunidades se beneficiarão de tecnologias mais tradicionais e com baixo custo”, considera Márcia Nunes. “Enfim será um encontro entre a demanda imperativa e o setor, disposto a enfrentar esse desafio e assim trilharmos em conjunto o caminho do saneamento integral para todos”.

Sobre o tema, Marcia Nunes sublinha que a água está relacionada ao crescimento da espécie humana, cujo desenvolvimento ocorreu ao longo dos cursos d’água. “Desde os primórdios a água era considerada sagrada, haja vista que todas as religiões tradicionais ainda promovem uma passagem pela água como ponto alto à conversão e aceitação de seus dogmas e princípios. Entretanto, a sociedade contemporânea, vem rompendo esse vínculo de encantamento pelos recursos naturais, daí que se perdeu a cultura de pertencimento à natureza, considerando apenas a sua utilidade prática, associada a errônea informação de infinitude dos recursos”, discorre a especialista, enfatizando que “a água pode ser infinita como recurso, mas aquela com qualidade e disponibilidade pode ser finita ou de custo muito elevado para o seu aproveitamento”.

Na visão da engenheira, “pode parecer insanidade, mas nos deparamos continuamente com lançamentos de esgotos em cursos d’água, até mesmo em áreas densamente atendidas por redes coletoras, de outra ponta lançamentos de esgotos sanitários e industriais em cursos d’água de classe especial, puramente para não desembolsar com o pagamento de uma conta”.

Márcia Nunes defende que “quando falamos em universalização do saneamento, devemos tocar num ponto dentro de cada indivíduo em que o faz-se recordar das origens da humanidade e importância de pertencimento à natureza e, nesse sentido sua relação e responsabilidade pessoal e coletiva com os recursos hídricos. Edificar instalações para saneamento tem um custo financeiro alto, mas levar os seres humanos a respeitarem e se reconectarem com o meio ambiente saudável tem um custo ético, filosófico e cultural, que eu creio ser o maior desafio para a universalização”.

Leia mais entrevistas aqui.

33º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2022

33º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2022 reunirá grandes especialistas do setor em 12 mesas redondas e 8 painéis de discussões. Em três dias de evento, mais de 100 especialistas apresentarão cases, trabalhos técnicos e novidades para o setor. O credenciamento para visitar a Fenasan, que trará oportunidades inovadoras para seus participantes, é gratuito e pode ser feiro aqui.

Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), o tema desta edição “Saneamento: prioridade para a vida” atende às premissas que consideram o saneamento básico importante para a vida, uma vez que contribui com a saúde, a educação, o meio ambiente e a economia. Além disso, cumpre com a missão da AESabesp de ajudar os players do setor do saneamento a alcançar os objetivos propostos no Novo Marco Legal do Saneamento, dando espaço em sua programação para fomento de negócios, networking e trocas de experiências que agregam melhorias e inovações em prol de toda a sociedade. 

Serviço

33º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2022 – “Saneamento: prioridade para a vida” – “Direitos dos Rios. Considerações sobre as relações entre os seres humanos e os cursos d´água e suas interfaces para a universalização do saneamento”.

Quando: dia 13 de setembro, terça-feira, das 16h às 17h

Onde: Sala Cantareira 3, Pavilhão Branco – Expo Center Norte, em São Paulo, capital.

Para mais informações e inscrições, acesse aqui.

35º Encontro Técnico AESabesp / Fenasan 2024

O maior evento de saneamento e meio ambiente da América Latina começa em:

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