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Especialistas discutem combinação entre ESG e regulação do saneamento

Mesa moderada por Ester Feche, diretora socioambiental e cultural e membro do Comitê ESG da AESabesp, no primeiro dia do evento, mostrou como a regulação pode ser instrumento para a melhoria da governança.

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Os conceitos de ESG (governança ambiental, social e corporativa) no saneamento foram debatidos nesta terça-feira, 13 de setembro, primeiro dia do 33º Encontro Técnico AESabesp e Fenasan 2022 (Congresso Nacional de Saneamento e meio ambiente e Feira Nacional de saneamento e meio ambiente). Realizados pela Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp, juntos, o congresso e a feira formam o maior evento do saneamento ambiental da América Latina e acontecem no Pavilhão Branco do Expo Center Norte/SP até esta quinta-feira (15).

Moderado por Ester Feche Guimarães, diretora Socioambiental e Cultural e membro do Comitê ESG da AESabesp (também coordenadora da mesa ao lado de Ana Paula Rogers, assessora de comunicação da entidade), o debate sobre o tema”ESG e regulação nos modelos de negócios de saneamento: essa combinação fará o setor avançar!” teve participação dos seguintes especialistas: Paula Carvalho, analista de ESG na Sustainable Fitch; Alex Abiko, professor da Escola Politécnica da USP; Jorge Gouveia, gerente do Departamento de Desenvolvimento Estratégico e Institucional da Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo; e Mônica Porto, assessora da Presidência da Sabesp e presidente da Comissão de Estruturação de ESG na Sabesp.

Na abertura dos trabalhos, Paula Carvalho apresentou o tema destacando não ser novo, mas com muita evolução nos últimos anos. “A essência surge na Rio92 e evolui para o tripé de sustentabilidade. Em 2015, com a Agenda 2030 da ONU, avançou mais. Quando o mercado financeiro passa a se preocupar com o tema temos um boom dos debates”, explicou. Paula elencou ainda as preocupações do setor com o impacto dos riscos climáticos e de que forma eles têm sido gerenciados pelas empresas.

“O setor de saneamento oferece serviços essenciais para a população e contribui diretamente com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU. Universalizar o acesso à água potável limpa e segura é uma atividade essencial que atende às necessidades físicas mais básicas da população e é uma das metas do ODS 6. A universalização dos serviços de saneamento no Brasil amplia o impacto positivo do setor. Um rating de ESG da Sustainable Fitch para o setor de saneamento considera o alinhamento aos ODS, o nível de cobertura de atendimento, além de critérios técnicos de eficiência energética, emissões de GEE, gerenciamento de resíduos, entre outros”, explicou Paula, que elogiou o debate. “A composição da mesa foi bastante diversa e proporcionou uma discussão muito rica, com visões da academia, do regulador, do mercado e do próprio setor. Trazer o tema ESG como pauta na Fenasan é muito importante para esclarecer conceitos, trazer mais fortemente a agenda para o setor e para ajudar o setor avançar”, completou Paula.

Alex Abiko trouxe a visão acadêmica, ressaltando como o planejamento urbano tem debatido o tema. Ele apresentou estudos em andamento na Universidade de São Paulo (USP). “Fomos pesquisar e buscar o que existe sobre ESG na literatura. Encontramos coisas interessantes, como o artigo ‘Aggegate Confusion: The Divergence of ESG Ratings’, que apresenta divergências e mapeia metodologias empregadas em taxonomias comuns. Os resultados recomendam maior atenção na maneira em que os dados que subsidiam os ratings são obtidos”, pontuou.

Para o professor, os indicadores ESG vão poder impactar e contribuir na busca pela universalização dos serviços de saneamento no Brasil. “Isso pode ser feito em uma escala individual, ou seja, com as empresas se preocupando com a utilização dessas ideias, mas acredito que seja importante buscar indicadores para que cada uma das empresas possam introduzir essa questão de uma maneira progressiva, já que é algo que não ocorre do dia para a noite. É importante que cada empresa de saneamento possa estudar, dentro de suas especificidades, qual seria o melhor desenho dos indicadores e, também, planejar para que, ao longo dos anos, esses indicadores possam evoluir dentro das empresas”, afirmou Abiko.

Já Jorge Gouveia fez considerações sobre aspectos de atuação dos órgãos ambientais e falou de parcerias, mencionando também as câmaras ambientais. “Nesses espaços debatemos e encontramos dois setores com alto grau de maturidade com base nas ODS. Com isso, estamos trabalhando para replicar os casos significativos, dar visibilidade e compartilhar essas experiências de grande êxito, que podem servir de referência”, antecipou.

Para ele, o ESG é um tema muito importante para as empresas de saneamento do país e deve levá-las a trabalhar alinhadas com os objetivos da agenda 2030 da ONU. “Um dos pilares de sustentabilidade que prega a ONU é transformar o mundo em um lugar melhor, promovendo a produção sustentável, políticas em prol do combate às mudanças climáticas, e água potável e saneamento para todos. Nós sabemos que há uma falha considerável no acesso ao saneamento básico no país, isso é uma realidade, o que exige uma atenção especial por parte da administração pública e da comunidade. E é isso que as empresas devem e estão tendo como objetivo a médio e longo prazo, de alcançar”, observou Abiko, que elogiou a mesa. “Pude aproveitar e aprender com os colegas presentes aqui porque ela teve a felicidade de reunir representantes de agência de saneamento, setor público, privado e da academia. Uma oportunidade especial”, observou.

Por fim, Mônica Porto destacou, entre outros temas, as adesões voluntárias aos programas ISO e os benefícios que eles trazem. “Antes de tudo, o saneamento é um sistema despoluidor. E, para o setor de saneamento, há grandes oportunidades que estão se abrindo agora, como mostrar sua responsabilidade em temas como justiça climática. O que chamamos hoje de segurança hídrica vem em prol do que chamamos de justiça climática. Portanto, o conceito de ESG vem evoluindo, levando a preocupação ambiental para diversos setores”, analisou a especialista.

A moderadora Ester Feche comemorou o resultado da mesa redonda. “Foi muito relevante trazer um representante de cada área para uma visão geral da importância do tema. Os pontos trazidos aqui enriquecem o debate e contribuem bastante”, comentou.

33º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2022

Esta edição que marca o retorno presencial do evento tem como tema “Saneamento: prioridade para a vida” e reúne especialistas do saneamento em 12 mesas redondas e 8 painéis de discussão. Nos três dias do evento (13, 14 e 15 de setembro), mais de 100 especialistas apresentarão cases, trabalhos técnicos e novidades para o setor. 

Para mais informações, acesse aqui.

35º Encontro Técnico AESabesp / Fenasan 2024

O maior evento de saneamento e meio ambiente da América Latina começa em:

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